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30 de abril de 2017

João Rodrigues de Sá e Menezes - 3º Conde de Penaguião

«De entre a série dos Condes de Penaguião, foi sem dúvida o mais ilustre de todos eles. Da Grande Enciclopédia Luso Brasileira, consta o seguinte: "Foi 3.° conde o filho primogénito do primeiro matrimónio do 2.° conde, João Rodrigues de Sá e Meneses, que sucedeu nos senhorios de Sever, Matosinhos, Paiva e Baltar, alcaide mor do Porto, Comendador de S. Pedro de Faro e Santiago de Cacém, na Ordem de Santiago, Camareiro Mor de D. João IV (1641) e de D. Afonso VI (04.12.1656). Nasceu em 1619 e morreu em Elvas, a 21.10.1658. Foi primorosamente educado, excedendo a craveira média dos seus pares em cultura. Distinto igualmente nas Ciências e nas Letras, falava correntemente as principais línguas europeias mais usadas ao tempo. Foi, contando apenas 21 anos, um dos quarenta fidalgos que aclamaram rei o duque de Bragança, no 1.° de Dezembro de 1640. Dois anos depois, conselheiro de Estado, sendo, pelos seus talentos, espírito de justiça e vivo patriotismo, um dos mais escutados nas reuniões desse elevado corpo de Estado. Em 1652 era nomeado embaixador extraordinário da Inglaterra, para procurar o apoio de Cromwel para o nosso país, ainda a braços com o poder de Espanha. (...) Bateu se o Conde com galhardia na Guerra da Aclamação, tomando parte muito activa no mal sucedido cerco de Badajoz. Quando D. Luís de Haro veio com grande reforço de tropas em socorro daquela praça, tiveram os nossos que retirar para Elvas em face da grande superioridade dos inimigos e dos estragos da peste, e o conde de Penaguião, doente e deprimido nos seus vivos sentimentos patrióticos pelo insucesso da campanha, recolheu se ao Convento de S. Francisco, fora das muralhas de Elvas, onde morreu depois deste ocupado pelos Espanhóis. O seu cadáver foi cavalheirosamente entregue por D. Luís de Haro aos Portugueses, sendo lhe pelos inimigos prestadas as homenagens devidas à sua categoria de general e a quem tão bravamente se havia batido. Foi sepultado em Elvas e depois transferido para o jazigo da sua família, no Convento de S. Francisco, no Porto (...)".

In ii volume do Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses,
coordenado por Barroso da Fonte, 656 páginas, Capa dura.
Editora Cidade Berço, Apartado 108 4801-910 Guimarães»

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